Porto Velho, RO - Enquanto jovens se divertiam com muitas bebidas, música alta, aglomeração, velocidade, um acidente grave e muita irresponsabilidade, em plena pandemia, a chácara do prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD) também teve mais uma irregularidade, entre tantas já denunciadas pelo Rondoniaovivo .
Denúncias apontam que Fúria estava utilizando um carro oficial da Prefeitura, uma Hilux de cor branca e placas QTE-2290 em uma festa, onde os ingressos custavam R $ 10,00 e eram vendidos pela esposa do prefeito, Juliane Tamires, na entrada do local .
Naquele dia, no dia 01 de agosto, um acidente entre três motos quase termina na morte de Weliton Sousa da Silva, de 26 anos.
Weliton, assim como tantos jovens, também estava participando da festa na chácara do prefeito, no auge da pandemia.
Na pista asfaltada que tem no local, ele estava fazendo manobras radicais com um moto dele, uma Hornet de 600 cilindradas, quando perdeu o controle do veículo e, após bater em outra moto, foi atropelado por outra, indo ao chão, e sofrendo um acidente grave, que deixou sequelas sérias no corpo do rapaz.
A batida foi tão forte que Weliton teve o tornozelo quebrado e uma parte do osso foi arrancada, ficando jogada no local.
Diante da gravidade, o prefeito Fúria e a esposa, colocaram o rapaz no carro oficial e o levaram ao hospital de Cacoal. O osso arrancado na batida também foi recolhido e levado na caminhonete.
Além de usar um veículo oficial (com gasolina paga com dinheiro público), em atividade particular, durante o final de semana (fora da agenda oficial de trabalho), Fúria ainda completa duas multas, conforme pesquisa feita pelo Rondoniaovivo no site do Detran Rondônia.
Uma autuação foi “transitar em velocidade superior à máxima permitida em mais de 20% até 50%” , na BR-364, quilômetro 236, no dia 01/08/2021, às 09:23, em Cacoal. Valor: R $ 195,23.
A segunda multa também “foi transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%”, no mesmo trecho da BR-364, quilômetro 236, no dia 01/08/2021, às 18:03, em Cacoal. Preço de mais essa: R $ 130,16.
Ambas as penalidades ainda estão em aberto, ou seja, ainda não foram pagas pelo prefeito Fúria (que podem ser pagas com dinheiro de impostos), que em nenhum momento negou que aquela chácara não fosse sua, mas disse que o tal evento em questão seria de terceiros, já que alugou a propriedade para a atividade que quase resultou em uma tragédia.
A Lei de Improbidade Administrativa coloca o interesse público no topo, em vista do poder priorele que atua diretamente diante da administração, impondo penas aos agentes que se utilizam dos benefícios deertados pelas cargas que ocupam ou funções que desempenham em benefício próprio ou de terceiros.
Normalmente, os agentes púbicos são condenados à perda das funções, devem devolver dinheiro aos cofres da sociedade, pagamento de multas, além da suspensão dos direitos políticos por oito anos e proibição de contratar com o Poder Público por 10 anos.
Pela Lei, o prefeito de Cacoal deveria ser cassado, mas pelo jeito, um tropa de choque dele que atua na Câmara de Vereadores vai evitar ao máximo a perda do mandato do chefe.
Como mesmo disse o vereador e vice-presidente da Casa, Magnison Mota (PSC): “E um acordo com um prefeito que ajuda nos é nos ajuda ele. Mas eu tô com o prefeito e não abro mão [SIC] ”.