O Dia Mundial da Segurança do Paciente é celebrado em 17 de setembro em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu para este ano, abordar sobre o tema “Cuidado materno e neonatal seguro”, colocando no centro da atenção a assistência obstétrica e neonatal, conscientizando todas as entidades e serviços de saúde a agir para um parto seguro e respeitoso.
A necessidade da implementação das práticas de segurança dentro dos serviços de saúde contribui para diminuir os riscos e danos ao paciente, resultando em melhorias nos cuidados prestados nos serviços de saúde de todo o país.
De acordo com a OMS, a escolha do tema deste ano partiu da necessidade de discutir os dados apresentados em todo o mundo, onde aproximadamente 810 mulheres morrem diariamente de causas evitáveis relacionadas a gravidez e ao parto.
Além disso, cerca de 6.700 recém-nascidos morrem diariamente, o que representa 47% de todas as mortes de crianças menores de cinco anos. Somado a esta estatística, cerca de dois milhões de bebês morrem todos os anos e, destas, 40% ocorrem durante o trabalho de parto.
Conforme dados da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), em Rondônia, a mortalidade materna em 2020 foi de 18 óbitos. De janeiro a abril deste ano, foram registrados 17 óbitos maternos, apontando para a necessidade de discutir e evidenciar estratégias, visando a redução desses dados no Estado e a importância da segurança do paciente neste contexto.
Considerando a magnitude do cenário e necessidade de apoiar a segurança do paciente no contexto materno e neonatal, o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório afirma que é de extrema importância a paciente ter o respaldo dos serviços prestados para que haja qualidade e cuidado no atendimento recebido, principalmente no período neo-natal.
A coordenadora estadual de segurança do paciente da Agevisa, Rosa Almeida, salienta que a população deve entender e saber da importância do tema, causando desta forma, um impacto na sociedade. “Que todos reflitam neste ponto, com foco na redução dos dados decorrentes da assistência à saúde insegura, promovendo ações internas sobre o tema, bem como solicitando das entidades representativas que participem ativamente, sugerindo e indagando os serviços de saúde sobre a adesão de práticas seguras”, diz Rosa Almeida.