Profissionais da saúde se preocupam com taxa de abandono do tratamento
Foram duas turmas, 115 participantes pela manhã e 100 durante o período da tarde. São profissionais diversos, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, entre outros. O foco é a abordagem multiprofissional.
O número de casos registrados em Porto Velho teve uma mudança significativa durante a pandemia de covid-19 com crescimento nos óbitos. Enquanto em 2018 não foi registrado nenhum óbito, esse ano foram contabilizados cinco mortes por tuberculose e 257 casos notificados.
“O evento é uma oportunidade para atualizar informações sobre a doença e avaliar a incidência de casos na capital. Temos a covid-19 que ainda não acabou, mas precisamos dar importância e prioridade ao tratamento da tuberculose”, explica Nilda de Oliveira Barros, coordenadora de Controle da Tuberculose da Divisão de Vigilância Epidemiológica.
Nilda Barros, coordenadora de Controle da Tuberculose
Nilda reforça que aos sinais e sintomas como tosse por mais de três semanas seguidas, com ou sem catarro, falta de apetite, perda de peso, cansaço excessivo, dor no peito, febre no fim do dia, suor noturno, emagrecimento acentuado e escarro com sangue, o paciente deve buscar a unidade mais próxima.
ABANDONO DO TRATAMENTO
Um dos grandes desafios no combate à tuberculose continua a ser a taxa de abandono do tratamento. Porto Velho apresenta indicadores epidemiológicos preocupantes em razão da quantidade de pessoas que não concluíram o tratamento. O Ministério da Saúde preconiza uma taxa de cura de 85% e abandono de no máximo 5%. No entanto, em 2020, a cura dos casos novos de tuberculose da forma pulmonar positiva foi de 65,3% e o abandono foi de 31,1%.
“Como o medicamento apresenta melhora clínica logo nos primeiros meses, é comum muitos abandonarem o tratamento antes do prazo necessário”, afirma a coordenadora