As duas vacinas, da gripe e covid-19 podem ser administradas com outras vacinas do calendário de imunização, sem prejuízo de efeito colateral agregado.
Porto Velho, RO - A baixa cobertura vacinal contra influenza em Rondônia, de acordo com a meta estipulada pelo Ministério da Saúde (MS), que é imunizar pelo menos 90% do público prioritário, levou a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) a chamar a atenção da população para as medidas de vigilância com foco especial na vacinação.
Em Nota Técnica 01/2021 expedida em dezembro de 2021 a agência alertava para o surto e chamava atenção para as medidas de vigilância, inclusive reforçando as orientações para o atendimento em todas as unidades sentinelas e básicas de saúde.
“Como forma de contribuir para respostas rápidas e coordenadas no estado, emitimos um boletim epidemiológico, com o objetivo de atualizar as equipes de vigilância em saúde, atenção básica e assistência quanto às rotinas e protocolos do Ministério da Saúde para enfrentamento da doença” – explicou o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima.
VACINAÇÃO SIMULTÂNEA
A vacinação da gripe, ou demais orientadas por meio da Nota Técnica N° 1.203/2021 emitida pela coordenação geral do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde (MS) pode ser aplicada concomitante a vacina contra a covid-19, uma vez que são vacinas com plataformas que não possuem vírus vivos.
“Não é mais necessário um prazo entre a vacina da gripe e da covid-19, as duas vacinas podem ser administradas com outras vacinas do calendário de imunização, sem prejuízo de efeito colateral agregado e ainda evitamos a perda da oportunidade de vacinação.
Nós estamos escrevendo o plano de contingência da Influenza para 2002 que traz essa informação corrigida. A orientação oficial já foi encaminhada para todas as salas de vacinação quanto a recomendação da vacina concomitante” – afirma a médica e gerente de epidemiologia da Agevisa, Arlete Baldez.
A estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e óbitos na população-alvo. Em 2021, foi realizado a 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, no período de 12 de abril a 09 de julho de 2021, para grupos prioritários com maior risco de complicações.
Entretanto, desde julho, como a meta vacinal não foi alcançada, o Ministério da Saúde, disponibilizou a vacina para toda a população brasileira, exceto crianças menores de seis meses que não podem receber essa vacina.
INFLUENZA
Em Rondônia a prevalência é maior no período de outubro a abril/maio. Habitualmente em cada ano, circula mais de um tipo de influenza concomitantemente. Dependendo da virulência dos vírus circulantes, o número de hospitalizações e mortes aumenta, não apenas por infecção primária, mas também pelas infecções secundárias por bactérias.
Ainda em nota os técnicos da Agevisa informam que a influenza é uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus A, B, C e D. Desses, o vírus A está associado a epidemias e pandemias. É um vírus de comportamento sazonal e tem aumento do número de casos entre as estações climáticas mais frias, podendo haver anos com menor ou maior circulação viral.
A doença tem início, em geral, com febre alta, seguida de dor muscular, prostração, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre.
Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar, quadro que também pode ocorrer na infecção por covid-19, além de outras viroses respiratórias.
Texto: Aurimar Lima
Fotos: Eleni Caetano e Josi Gonçalves
Secom - Governo de Rondônia