Troca de prisioneiros com a Rússia foi intermediada pela Turquia
Porto Velho, RO - O presidente Volodymyr Zelenskiy saudou como "super-heróis" os altos comandantes ucranianos, incluindo aqueles que lideraram a defesa obstinada de Mariupol, que foram libertados pela Rússia como parte de uma troca de prisioneiros envolvendo quase 300 pessoas, incluindo estrangeiros.
Sob os termos do acordo que a Turquia ajudou a intermediar, 215 ucranianos, a maioria capturada após a queda da cidade portuária, foram libertados nessa quarta-feira (21). Em troca, a Ucrânia enviou de volta 55 russos e ucranianos pró-Moscou.
Dez estrangeiros também foram libertados após a mediação do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, que mantém laços estreitos com o presidente russo, Vladimir Putin.
O momento e o tamanho da troca foram uma surpresa. No início do dia, Putin havia anunciado uma mobilização parcial de tropas na Rússia, em aparente escalada do conflito que começou em fevereiro. Separatistas pró-Rússia haviam dito no mês passado que os comandantes de Mariupol iriam a julgamento.
"Cinco super-heróis foram trocados por 55 daqueles que não merecem nem compaixão, nem piedade", disse Zelenskiy em discurso que saudou a libertação mais ampla como "vitória para o país".
O Ministério da Defesa da Rússia disse hoje que 55 de seus militares foram devolvidos, na maior troca de prisioneiros com a Ucrânia desde o início da guerra.
Os cinco comandantes permanecerão na Turquia até o fim da guerra. Zelenskiy agradeceu ao presidente turco, Tayyip Erdogan, por sua ajuda após luta longa e difícil para garantir a libertação.
A captura de Mariupol, no Mar de Azov, foi prêmio estratégico para a Rússia, embora suas forças tenham reduzido a cidade portuária a um terreno baldio cheio de corpos, após quase dois meses de cerco e bombardeio pesado.
Também foram libertados três britânicos, dois norte-americanos, um croata e um sueco. Os cinco prisioneiros do Reino Unido chegaram ao país, informou a organização sem fins lucrativos Presidium Network, segundo a BBC.
Fonte: Agência Brasil