Nesta segunda, ministro da Defesa de Israel disse que palestinos devem ser tratados como "animais" – o que indica a possibilidade de genocídio e holocausto contra o povo palestino
Porto Velho, RO - Os militares israelenses conduziram ataques aéreos em Gaza que já resultaram na destruição de 5,3 mil edifícios e na completa aniquilação de 790 residências. Esses ataques também deixaram 610 mil pessoas sem acesso a água potável e saneamento. Cerca de 187 mil perderam suas casas e muitos estão sendo realocados para mais de 80 instalações da ONU. Além disso, a eletricidade está disponível apenas por três a quatro horas por dia.
Essas informações foram divulgadas pelo Escritório de Coordenação Humanitária da ONU (OCHA) na manhã desta terça-feira, segundo informa Jamil Chade, do UOL. A organização também alerta para a iminente escassez de água potável e condena veementemente a perda de vidas infantis. A entidade compara a região a "um barril de pólvora" prestes a explodir.
Ela ainda alerta que o cerco imposto por Israel é proibido - nesta segunda-feira (10), o ministro de assuntos militares de Israel, Yoav Gallant, ordenou um "cerco total" à Faixa de Gaza e disse estar lutando contra "animais humanos". A ONU considera tal cerco uma "punição coletiva", o que é proibido pelo direito internacional. Ou seja, um potencial crime de guerra se o alvo ou a estratégia não tiver um objetivo militar.
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), 13 instalações de saúde em Gaza foram atingidas, resultando na destruição de nove ambulâncias e na perda trágica de seis profissionais da área de saúde. Os estoques de medicamentos nos hospitais estão esgotados, e os centros de atendimento estão enfrentando superlotação.
Em um contexto mais amplo, 18 edifícios ligados à Organização das Nações Unidas (ONU) também foram alvejados em Gaza. Organismos internacionais expressam profunda preocupação de que a resposta israelense à situação em Gaza, que abriga 2,2 milhões de habitantes, possa precipitar uma crise humanitária sem precedentes na região, já afetada por um bloqueio que perdura há 16 anos.