Hospitais, distribuição de água e alimentos estão à beira do colapso devido à escassez extrema
Porto Velho, RO - A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um alerta urgente sobre a iminente interrupção dos serviços vitais na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (25), caso não ocorra a entrada de combustíveis na região, destaca o jornalista Jamil Chade em sua coluna no Uol. Hospitais, distribuição de água e alimentos estão à beira do colapso devido à escassez extrema, alertou a porta-voz da agência da ONU para Refugiados Palestinos, Tamares Alrifai, durante uma coletiva em Genebra.
A ONU revelou que os estoques mantidos pela organização estão se esgotando rapidamente, e a situação torna-se ainda mais crítica devido à falta de combustível para operar geradores em hospitais e instalações de água.
A passagem em Raffah, na fronteira entre o Egito e Gaza, foi aberta para apenas 20 caminhões por dia, um volume considerado insuficiente para atender às necessidades crescentes da população. Israel continua a impedir a entrada de combustível, alegando preocupações de que ele possa cair nas mãos do Hamas, a organização política e militar que controla Gaza.
O alerta da ONU ocorre no mesmo dia em que o Conselho de Segurança da ONU se reúne para discutir uma nova resolução proposta pelo governo dos Estados Unidos. Esta resolução é apresentada após o veto dos EUA a uma proposta do Brasil que pedia a criação de uma pausa humanitária na região. A comunidade internacional assiste com apreensão à deterioração da situação humanitária em Gaza, onde 58 clínicas já fecharam suas portas, e filas para obtenção de pão chegam a seis horas.
A destruição provocada pelos bombardeios israelenses também é um ponto de grande preocupação, com mais de 15.000 unidades habitacionais destruídas e outras 10.935 inabitáveis até a última atualização. A superlotação em abrigos designados pela UNRWA (Agência da ONU para Refugiados Palestinos) atingiu níveis alarmantes, com até 70 pessoas sendo acomodadas em uma única sala de aula.