Vitória de Massa na Argentina gera alívio no Planalto, mas ordem é ter 'cautela' sobre 2º turno

Vitória de Massa na Argentina gera alívio no Planalto, mas ordem é ter 'cautela' sobre 2º turno


Para integrantes do Itamaraty, independentemente do resultado final da eleição presidencial argentina, deve prevalecer o pragmatismo nas relações comerciais

Porto Velho, RO - O Palácio do Planalto recebeu com alívio a notícia do resultado do primeiro turno da eleição argentina, com o peronista Sérgio Massa em primeiro lugar à frente do candidato de extrema direita Javier Milei. Segundo a coluna do jornalista Gerson Camarotti, do G1, “o alívio no Planalto não é por acaso. Milei já disse que pretende limitar o comércio com o Brasil, chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ‘comunista raivoso’ e de ‘socialista com vocação totalitária’”.

Na noite do domingo (22), após a divulgação do resultado do primeiro turno na Argentina, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação, expressou o sentimento do governo brasileiro nas redes sociais, parabenizando Massa e ressaltando a importância da democracia.

As promessas de Milei, que incluem rompimento com parceiros, dolarização da economia e extinção do Banco Central argentino, também preocupam o Brasil em função das incertezas lançadas por ele quanto ao futuro do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que uma possível vitória de Javier Milei nas eleições argentinas preocupa o governo brasileiro, uma vez que o país é, além de vizinho, um dos principais parceiros comerciais do Brasil.

Ainda segundo a reportagem, “a ordem no governo brasileiro é de cautela com o segundo turno, por reconhecer que será um pleito muito difícil. A determinação é não cair nas armadilhas de Milei e evitar responder às provocações do argentino”. Para integrantes do Itamaraty, “qualquer que seja o resultado final da eleição argentina, deve prevalecer o pragmatismo nas relações comerciais”.

Diplomatas do Itamaraty também destacam a necessidade de prevalecer o pragmatismo nas relações comerciais, lembrando que, mesmo sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), as relações comerciais com a Argentina foram mantidas, independentemente das diferenças políticas.

Fonte: Brasil247

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