Plano de transição ecológica do Brasil pode gerar até 10 milhões de empregos

Plano de transição ecológica do Brasil pode gerar até 10 milhões de empregos


Haddad apontou investimentos adicionais de US$ 130 a US$ 160 bilhões anualmente na próxima década

Porto Velho, RO - Durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28) em Dubai, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou o Plano de Transição Ecológica do Brasil. Este anúncio marca um passo significativo do Brasil na liderança por uma globalização sustentável e inclusiva, conforme informado pelo Ministério da Fazenda.

O Plano, que será detalhado até a COP 30, prevê quase uma centena de iniciativas. Seu objetivo é reposicionar o Brasil no cenário internacional, com foco em desenvolvimento sustentável e promoção da economia verde.

Segundo o ministro Haddad, que falou no dia em que o Brasil assumiu a presidência do G20, a transformação ecológica proposta pelo Plano poderá gerar entre 7,5 a 10 milhões de empregos em diversos setores, incluindo bioeconomia, agricultura e infraestrutura. Para alcançar esses resultados, estima-se a necessidade de investimentos adicionais de US$ 130 a US$ 160 bilhões anualmente na próxima década, principalmente em infraestrutura.

O ministro destacou a capacidade do Brasil em mobilizar investimentos e em desenvolver infraestruturas sustentáveis. Exemplos da liderança do país em energias renováveis, como a rede de hidrelétricas, o sistema elétrico unificado, a produção de etanol e as pesquisas em biocombustíveis, foram mencionados.

Medidas adicionais, como a criação de um mercado de carbono regulado, a emissão de títulos soberanos sustentáveis, a definição de uma taxonomia nacional focada em sustentabilidade e a revisão do Fundo Clima, estão em processo de implementação.

Desde a última COP no Egito, o Brasil alcançou progressos significativos, incluindo a redução de quase 50% no desmatamento da Amazônia. A aprovação de Projetos de Lei sobre hidrogênio verde e energia eólica offshore pelo Congresso Nacional demonstra o comprometimento do país com a transição energética. Além disso, o Brasil atualizou sua Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC), visando reduzir em 53% as emissões de 2005, superando as metas de vários países desenvolvidos.

O ministro Haddad destacou o caráter progressivo do Plano, adaptando-se a novos paradigmas e desenvolvendo políticas públicas para enfrentar desafios atuais e futuros, descrevendo-o como uma estratégia realista e ambiciosa para a reinvenção do Brasil no contexto das mudanças climáticas.

Fonte: Brasil247

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