Moradores do residencial Greenvile ficam sem água — Foto: Gildo AlvesPorto Velho, RO - Moradores do residencial Greenvile, localizado no bairro Nova Esperança em Porto Velho, relataram que estão há quase dois meses sem água potável. Segundo a Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd), a causa do problema é a seca do rio Madeira que fragilizou os lençóis freáticos.
De acordo com os moradores, após uma denúncia feita ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e reuniões com representantes da Caerd, houve o retorno do fornecimento, mas a situação se agravou novamente após o poço que abastece a região secar.
O problema atinge casas de pelo menos 13 quadras do residencial. Com a pouca quantidade de água que conseguem, os moradores precisam economizar o máximo para realizar as necessidades básicas, como beber e cozinhar.
“Acabou minha água da caixa, eu tô sem a água de cima. Eu tenho uma caixa lá atrás que é onde eu tô racionando água, na verdade. É difícil, as necessidades básicas são tremendas”, relatou Suzete Tolentino, moradora do residencial.
Moradora relata falta de água em Porto Velho — Foto: Gildo Alves
O abastecimento está sendo feito por caminhões pipa para amenizar a situação, no entanto, segundo os moradores, muitos não têm conseguido receber.
“Ele [o caminhão] tá vindo aqui diariamente, mas são muitos moradores e eles têm que sair em busca desse carro. Muitas vezes têm outros afazeres, mas tem que ficar em frente de suas residências esperando o caminhão passar para não perder o abastecimento”, disse José Maurílio, morador do residencial.
De acordo com o diretor da Caerd, Lauro Fernandes, o estado passa por uma seca histórica e isso prejudicou o lençol freático da região. Além disso, segundo ele, os poços perderam cerca de 30% da capacidade de produção e por isso o abastecimento precisa ser feito através de caminhões pipa.
“Dentro dessa condição de crise hídrica, a solução encontrada pelos nossos técnicos foi de perfurar mais poços para complementar a água na região e isso está sendo feito”, relatou.
Seca histórica
Rondônia enfrenta a maior seca da história. O rio Madeira registrou a cota de 19 centímetros: uma nova mínima nunca observada desde 1967, quando o rio começou a ser monitorado.
Historicamente, outubro e novembro são os meses em que o Madeira fica mais seco. No entanto, o nível do rio começou a bater mínimas históricas já no mês de julho; depois disso, o cenário foi se tornando ainda mais crítico.
Os moradores das comunidades ribeirinhas viram os poços amazônicos secos, assim como o rio. Sem acesso à água, eles dependem de carregamentos enviados pela Defesa Civil Municipal e as secretarias de assistência social de Porto Velho e do estado de Rondônia.
Muitas famílias ribeirinhas vivem com menos de 50 litros de água por dia para abastecer toda a residência. A quantidade é menos da metade dos 110 litros por dia considerados pela Organização das Nações Unidas (ONU) como necessários para suprir as necessidades básicas de apenas uma pessoa.
Ribeirinhos agora caminham por antes era possível andar de barco. A imensidão de água se transformou em um deserto de areia.
Porto Fechado
Armadores e operadores portuários também foram afetados pela seca. Com as atividades paralisadas e sem renda, eles precisaram receber doações de cestas básicas. Foi a primeira vez na história que o Porto Organizado precisou pausar as operações.
Com a paralisação, a movimentação de cargas é afetada, sobretudo no trecho entre Rondônia e Amazonas. Pelo rio chegam e saem de Rondônia granéis sólidos (como milho e soja), granéis líquidos (como massa asfáltica e biocombustível), além de cargas gerais, como alimentos, bebidas e veículos.
De acordo com os moradores, após uma denúncia feita ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e reuniões com representantes da Caerd, houve o retorno do fornecimento, mas a situação se agravou novamente após o poço que abastece a região secar.
O problema atinge casas de pelo menos 13 quadras do residencial. Com a pouca quantidade de água que conseguem, os moradores precisam economizar o máximo para realizar as necessidades básicas, como beber e cozinhar.
“Acabou minha água da caixa, eu tô sem a água de cima. Eu tenho uma caixa lá atrás que é onde eu tô racionando água, na verdade. É difícil, as necessidades básicas são tremendas”, relatou Suzete Tolentino, moradora do residencial.
Moradora relata falta de água em Porto Velho — Foto: Gildo Alves
O abastecimento está sendo feito por caminhões pipa para amenizar a situação, no entanto, segundo os moradores, muitos não têm conseguido receber.
“Ele [o caminhão] tá vindo aqui diariamente, mas são muitos moradores e eles têm que sair em busca desse carro. Muitas vezes têm outros afazeres, mas tem que ficar em frente de suas residências esperando o caminhão passar para não perder o abastecimento”, disse José Maurílio, morador do residencial.
De acordo com o diretor da Caerd, Lauro Fernandes, o estado passa por uma seca histórica e isso prejudicou o lençol freático da região. Além disso, segundo ele, os poços perderam cerca de 30% da capacidade de produção e por isso o abastecimento precisa ser feito através de caminhões pipa.
“Dentro dessa condição de crise hídrica, a solução encontrada pelos nossos técnicos foi de perfurar mais poços para complementar a água na região e isso está sendo feito”, relatou.
Seca histórica
Rondônia enfrenta a maior seca da história. O rio Madeira registrou a cota de 19 centímetros: uma nova mínima nunca observada desde 1967, quando o rio começou a ser monitorado.
Historicamente, outubro e novembro são os meses em que o Madeira fica mais seco. No entanto, o nível do rio começou a bater mínimas históricas já no mês de julho; depois disso, o cenário foi se tornando ainda mais crítico.
Os moradores das comunidades ribeirinhas viram os poços amazônicos secos, assim como o rio. Sem acesso à água, eles dependem de carregamentos enviados pela Defesa Civil Municipal e as secretarias de assistência social de Porto Velho e do estado de Rondônia.
Muitas famílias ribeirinhas vivem com menos de 50 litros de água por dia para abastecer toda a residência. A quantidade é menos da metade dos 110 litros por dia considerados pela Organização das Nações Unidas (ONU) como necessários para suprir as necessidades básicas de apenas uma pessoa.
Ribeirinhos agora caminham por antes era possível andar de barco. A imensidão de água se transformou em um deserto de areia.
Porto Fechado
Armadores e operadores portuários também foram afetados pela seca. Com as atividades paralisadas e sem renda, eles precisaram receber doações de cestas básicas. Foi a primeira vez na história que o Porto Organizado precisou pausar as operações.
Com a paralisação, a movimentação de cargas é afetada, sobretudo no trecho entre Rondônia e Amazonas. Pelo rio chegam e saem de Rondônia granéis sólidos (como milho e soja), granéis líquidos (como massa asfáltica e biocombustível), além de cargas gerais, como alimentos, bebidas e veículos.
Fonte: G1, RO